abril 16, 2009

Teatro de Revista

1958... o ano da bossa nova, do rock'n roll, das chanchadas e dos programas de auditório na televisão, da conquista da primeira Copa do Mundo e foi também o ano em que a Miss Brasil, Adalgisa Colombo quase conseguiu ser Miss Universo. Nessa época, o teatro de revista ainda tinha suas vedetes e o Stanislau Ponte Preta escolhia as Certinhas do Lalau. Pode-se dizer, sem muito exagero, que o teatro de revista foi o prisma em que se refletiram a música, a dança, o carnaval, a folia, os gostos e os costumes do brasileiro e as várias faces do anedotário nacional através dos tempos, antes de entrar em decadência devido a competitividade com os novos meios de comunicação de massa. No período de seu declínio a sociedade brasileira vivia uma modernização forçada, expressa pelo conhecido projeto do então presidente Juscelino Kubitschek: 50 anos em 5. O Teatro de Revista Brasileiro surgiu em 1859 inspirado no modelo francês, enredos simples ligando quadros independentes que brincavam como anedotários populares ou acontecimentos nacionais. Começou em 1859 e foi se transformando com a vinda das companhias francesas: o corpo feminino foi desnudado, despido das grossas meias e sendo mais valorizado em danças e quadros musicais.
Em 1924, inicia-se um período de grandes espetáculos com poucas e grandes estrelas flutuando entre a comicidade, a crítica política e números musicais e de fantasia. O elemento espetacular começa a ganhar força e em seu apogeu acontecem as produções de grandes espetáculos com elenco numerosos, grandiosas coreografias, cenários e figurinos luxuosos e as espetaculares vedetes que viraram a cabeça de famosos estadistas e afortunados senhores de família. Quando o gênero começa a apelar fortemente para o escracho e para o nu explícito entra em decadência e praticamente desaparece no final da década de 60. Mas, antes disso, por volta daquele movimentado 1958, uma jovem vedete, cujo nome não estou familiarmente autorizada a revelar, fez o seu quinhão de sucesso nos palcos do Rio e São Paulo...

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